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sexta-feira, 12 de julho de 2013

3 Meses Completos

Resumão do Período


Hoje 12/07/2013 completam-se exatos 3 meses desde o início da obra. Já mostrei aqui fotos desse dia, mas faço questão de recolocá-las pois é uma imensa alegria ver o quanto a obra evoluiu nesse espaço de tempo, que para os padrões de construção, é curto.

Esse era o cenário em 12/04/2013:


Naquela oportunidade muita coisa era apenas sonho, muitas metas existiam apenas no papel e só tínhamos realmente uma casa a ser ampliada e um projeto de como isso seria feito. Havia uma ansiedade em começar logo os trabalhos, mas havia muita incerteza sobre como seria o "durante obra" e quais dificuldades iríamos encontrar. Nunca tínhamos tido uma experiência dessas e apesar de saber muito bem o que queríamos, não havia garantia nenhuma de que chegaríamos lá.

Eu me preparei como pude, como tentei compartilhar aqui nos posts iniciais, mas é sabido por todos que experiência é algo muito difícil de se transmitir, algumas lições temos que viver para nos tornarmos mais preparados.

Pois bem, hoje temos mais da metade da obra concluída, no sentido de que as alvenarias estão se aproximando do final, faltando apenas a cobertura e acabamentos. Muitas das tais metas parciais que sugeri no post Preparando-se para o Enfretamento já foram atingidas, alguma maturidade e experiências absorvidas através de lições duramente aprendidas. E qual o resumo então de tudo isso?

Considerando o fato de que gastamos muito tempo com a preparação do solo, praticamente 1 mês apenas espalhando e compactando terra, podemos dizer que a evolução de uma obra como essa é muito rápida. A alvenaria é a parte que avança mais rápido. Coincidentemente notei 2 outras obras de alvenaria convencional que iniciaram quase que no mesmo período que a minha e pela área de construção que apresentam,  posso dizer que estão mais avançadas. Acredito que estão finalizando a laje hoje, algo que só devo fazer na semana que vem. Porém, há de se considerar que eles não precisaram fazer nenhum aterro ou demolição, apenas abrir a fundação, concretar e subir a alvenaria. Vai ser interessante acompanhá-las, pois no final, acredito que o tempo economizado com acabamentos vai fazer minha obra tirar essa desfasagem no tempo.

Pontos observados até agora (mais do mesmo):

  • A fundação tem que ser muito bem pensada e executada, não é o momento para fazer as coisas as pressas. Por outro lado, é o momento em que se tem uma grande saída de recursos e logo no começo da obra, causando um grande impacto no orçamento para o restante da obra;
  • Providenciar antecipadamente todo o material essencial para as etapas antes do acabamento é uma boa ideia, pois enquanto a alvenaria sobe, até que se chegue na cobertura da obra, existirão poucos gastos e os pedreiros tem tudo sempre a mão, evitando perdas de tempo. Isso também foi bem mais tranquilo para meu fluxo de caixa e controle de gastos.
  • A primeira fiada é o momento de se extrapolar o projeto, esforçando-se para visualizar a casa de pé, em uso, nos mais variados momentos e situações. Materializar as paredes mentalmente, entrar pelos cômodos pelos locais previstos, imaginar os vãos, portas e janelas, estudar os espaços, tudo isso vai permitir que você valide realmente a ideia proposta no projeto. Se tiver que mudar alguma coisa, essa é a hora, desse ponto em diante você tem que ter certeza de tudo aquilo que definiu.
  • Ao mesmo tempo, controle suas boas ideias. Ao decorrer da obra parece que sempre surge uma grande boa ideia, junto com a aflição em saber se você pode incluí-la no projeto. Vale o bom-senso e a imposição de limites, pois há um risco de perder o foco e prejudicar a completude do projeto.
  • A qualidade de tudo que vai acontecer depois está representada na primeira fiada. Se ela for bem feita, o resto tem grandes chances de seguir o mesmo padrão (e o contrário é ainda mais verdade). Insista nisso, questione muito se achar que não está bom, faça o pedreiro se superar nesse momento, pois qualquer erro vai ser amplificado depois nas demais fiadas;
  • Acompanhe a obra todos os dias. As tarefas evoluem rápido, um dia sequer e alguma coisa que você não gostaria que fosse daquele jeito, pode vir a não ser mais passível de ser desfeita. É primordial que esteja presente, não tem administrador de obra, engenheiro, arquiteto, empreiteiro ou parente que tenha condições de avaliar melhor do que você próprio, dono da obra.
  • Prepare-se para os problemas, implicações do projeto, dificuldades, erros e situações inesperadas. Acontecerão com frequência e são invariavelmente inevitáveis. É bom ter contato com quem fez o projeto o tempo todo, questionar todos os envolvidos e buscar entendimento para as decisões que serão necessárias. Não faça nada na dúvida, o arrependimento de não ter pensado mais e tomado a decisão mais correta é insuportável e mudar isso depois pode significar um custo alto.
  • Controle muito bem os pagamentos que faz aos executores. Pagamentos periódicos e sob medição são a melhor forma de medir e recompensar o avanço da obra, ou ainda, evitar desperdícios ou prejuízos.
  • Não se aborreça demais com a falta de dinheiro. Faça o que é possível, até onde é possível, enquanto for possível. Esse é meu mantra no momento.
  • Não deixe muitas coisas para depois, adiando soluções ou etapas. Certas tarefas são mais produtivas em uma sequência e lá no final haverão muitos pequenos trabalhos a se fazer, o que pode bagunçar o cronograma.
  • Pedreiro não gosta de papel. Não achei um que assume as plantas da casa como livro sagrado. Fique atento, certifique-se sempre de que tudo está como planejado, cobre que eles tenham a planta sempre em primeiro lugar para tirar dúvidas.
  • Aguente firme, esse mar de tensão é passageiro e justificável.
  • Com dedicação e empenho, sua casa vai ficar ótima.

13/07/2013


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